E porque não?








Será o Homem a mais Bela criação de Deus? E porque não? Ou porque não torná-la na espécie mais bela? A capacidade é eminente e real. E é tangível. A nossa colecção per se de átomos, de pó estelar, não nos torna mais que nada mais. Somos todos tudo e somos todos o mesmo. Mas temos tanto. Tantas possibilidades, tanto poder, tantos talentos. Contudo, usamo-los tão parcamente. Consequentemente temos a obrigação de nos elevar. Todos. Por todos, por tudo. Iniciando, começando, acrescentando. Natureza Humana é uma influência, não uma ditadura. A escolha é sempre uma opção. No mínimo podemos sempre adaptar, ou até mesmo, delinear como e quando. Sou pessimista quanto ao futuro da raça. Mas optimista em relação ao que podemos alcançar. Mais depressa nos aniquilamos directa ou indirectamente que acabemos por destruir o planeta. Ele já passou por muito pior. No entanto, é sempre mais fácil adquirir práticas ou interesses éticos ou moralistas do que olhar para dentro de nós próprios e perguntar, como posso eu ser melhor? Ou mais ainda, como posso eu ajudar, não o planeta, os golfinhos, as árvores, a fome em África, os sem-abrigo, as instituições, as agendas de uns ou de outros, mas sim o próximo. O amigo, o menos amigo, o vizinho, a família. O estranho que nos pede um favor. Um desconhecido, um indivíduo que com tão somente um olhar vemos que está só, aflito, triste, carente. Se nos interessássemos todos uns pelos outros. Com compaixão. Com interesse e sem agenda, em que mundo viveríamos nós? Para já somos a quase mais bela criação, seja de Deus seja da evolução. Estamos quase em algum lado. Para já somos pungentemente débeis e menores. Temos muitíssimo para crescer ainda. Mas não temos muito tempo para o fazer... Phil Sobral, 2010






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